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terça-feira, 3 de março de 2009

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Meu primeiro post:
por Adriana Salles Gomes em 02 de Fevereiro de 2009 às 11:13 am

E, como eles não falaram nada, falo eu. O updater Jorge Carvalho entrevistou o updater Wagner Brenner para a edição janeiro-fevereiro da HSM Management e para o Portal HSM. A versão da revista se encontra nas bancas e a do portal, expandida, está no forno, prestes a. Eu curti muito a conversa dos dois, que ajuda a pensar no que todos nós estamos fazendo aqui. Confiram um trecho:

Jorge: Hoje as pessoas reclamam de excesso de informação e déficit de conhecimento. Blogs são heróis ou vilões nesse filme?

Wagner: Podem ser as duas coisas; e tanto heróis como vilões costumam ter grandes poderes. Blogs primam por disponibilizar um volume insano de informações –que antes se perdiam por não passarem pelos gargalos da mídia tradicional– e democratizar a emissão dessas informações, o que pode ser bom e ruim ao mesmo tempo. Muitos que deviam falar e não conseguiam agora podem; só que outros não deveriam falar e também podem. Agora, precisamos refinar o filtro. Mas, na balança, as vantagens ganham disparado. As informações vão virando conversas e eventualmente viram conhecimento. Temos mais pessoas conversando com mais pessoas, como em uma grande festa. O segredo é saber quem você puxa para o canto para conversar.

Jorge: O aprendizado informal é a chave? Para adultos em especial?
Wagner: Sim, o aprendizado informal é o caminho. Não acho que os adultos tenham mais dificuldade; têm mais resistência. Porque nada mais poderoso do que experiência andando de mãos dadas com curiosidade. Hoje vivemos num “hopi hari do saber” –meu avô não tinha acesso a 10% das coisas que estão ao meu alcance– e não brincar é uma pena! Uma lan house na periferia pode, de certo modo fazer mais diferença para um garoto sem oportunidades do que o ensino formal.

Tudo que a gente aprende naturalmente, sem precisar ir para a escola, é aprendizado informal. Foi assim que aprendemos a falar, a andar de bicicleta, a conquistar a primeira namorada e até a trabalhar –a gente vê alguém fazendo, se interessa e aprende. Lembra do seu primeiro emprego? Você aprendeu olhando para a mesa ao lado. Porém, há um paradigma clássico no mundo corporativo: 20% das coisas que você aprende dentro da empresa vêm do ensino formal e 80% do informal, embora 80% da verba seja investida no formal e 20% no informal. Está tudo invertido.

Pois essa possibilidade de aprender sozinho foi brutalmente potencializada pela internet. Seja lá qual for o objeto da sua curiosidade, tem algum craque por aí disposto a “dividi-lo” com você. [SIGAM LENDO; TEM, POR EXEMPLO, UMA FRASE PERFEITA A SEGUIR: “O TRAÇO PRINCIPAL DE GENTE INTELIGENTE É A CURIOSIDADE”]São os chamados mavens, os aficionados. Em cinco minutos de conversa com um, você aprende o que levaria anos para alcançar –sem exagero. Já encontrou alguém que entenda muito de música numa festa? Ele passa um volume de dicas e sugestões que você levaria uma eternidade para decobrir sozinho ou formalmente. A conversa flui numa linguagem simples, que eu chamo de “infantilizada”, de quem fala como fã, não como acadêmico. Aliás, o traço principal de gente inteligente é a curiosidade, não a erudição… E eu odeio jargões, são obstáculos à fluidez da informação. Boas idéias podem ser explicadas –pelo menos por alto– como se estivéssemos falando com uma criança de 10 anos.

Não existe maneira mais rápida e eficiente do que outra pessoa para nos ensinar coisas. Jay Cross, um dos que mais gosto nessa área do informal learning, parece um velhinho contando a história da Chapeuzinho Vermelho quando transmite conhecimento. É claro que o treinamento formal tem seu valor, mas a verdade é que as pessoas preferem mais descobrir as coisas a serem ensinadas.